A Fragilidade é o novo Sexy
- Miguel Aleixo
- 22 de jun. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 25 de set. de 2023
Já toda a gente percebeu que por detrás dessa máscara impactante do Batman, existe um Bruce Wayne com traumas e fragilidades! Não vivemos em Gothan City, podes tirar a máscara!

As emoções são hoje parte integrante do conhecimento humano. A inteligência emocional tornou-se um conceito relevante e de alto impacto na gestão das relações pessoais, sociais, amorosas e profissionais. Bem como na forma como olhamos para nós mesmos e para os outros, num contexto geral.
Crescemos a escutar vários ensinamentos sobre as diferenças de género e alguns deles, deixam-nos presos a ideologias que estão longe de nos colocar no pedestal do bem-estar psicológico. Nomeadamente: “O homem não chora” ou “A mulher deve comportar-se de uma forma mais recatada”.
O artigo não pretende dissecar as diferenças de género, nem tão pouco refletir sobre os brinquedos de género, as relações e os comportamentos que vemos como específicos. No âmbito social, a aprendizagem faz-se pela compreensão e para compreender temos que ir desarmando as nossas crenças, uma por uma. Talvez, seja por isso que assistimos a tanto ódio e ideologias extremas, porque ninguém se senta para compreender o outro. Quando compreendemos, respeitamos! Mesmo que não concordemos…
Se é verdade que existem determinadas características culturalmente classificadas como masculinas, que são atraentes ao sexo oposto por uma questão cultural ou biológica (liderança, frontalidade, impacto social…), também é verdade que o mundo se transformou, e hoje, todo e qualquer homem que tenha dificuldade em expressar as suas emoções e demonstrar as suas fragilidades, está um passo atrás naquela que se perspetiva a evolução natural da espécie e da igualdade de género.
Este artigo foca nas características masculinas, mas isso não significa que a Mulher seja obrigada, por natureza, a deixar a sua expressão emocional fluir. Este artigo procura desconstruir uma pequena diferença de género, focando no desempenho masculino e naquela que é a perspetiva do senso comum da população.
Sermos frágeis ou termos fragilidades são coisas completamente diferentes! Todos temos fragilidades e isso torna-nos humanos. Esconde-las é provavelmente um dos maiores traços da pessoa frágil e isso, além de não ser atraente, é preocupante do ponto de vista de saúde mental.
Assim sendo, meu caro amigo, já toda a gente percebeu que determinadas situações te deixam inseguro e que o teu coração bate mais rápido quando enfrentas determinadas situações. Já todos perceberam que tens medos, inseguranças e que por vezes, quando estás só, as lágrimas podem querer aparecer. Se negas tudo isso, não estás a ser autêntico e não te estás a entregar devidamente. Se negas isso, significa que não sabes lidar com as tuas emoções, e muito menos com a sua expressão. E isso, meu caro amigo, não é sexy!
Atenção: Não significa que devas embandeirar essas fragilidades, deixando-as expostas para toda a gente as ver. A inteligência social e relacional é fundamental! Conhecermo-nos a nós, quem nos rodeia e projetarmos de forma autêntica aquilo que desejamos e quando desejamos, é uma sabedoria importante! Mas isso não se explica num artigo.
Então, o importante é que percebas que a crença enraizada que um homem não expressa nem fala sobre emoções e sentimentos está errada. Não é atrativa para o sexo oposto e no mundo atual, condiciona a tua saúde mental.
Sentes dificuldades em distinguir “fragilidades” de uma “personalidade frágil”? Não sabes identificar e
expressar emoções? Com dificuldades nos relacionamentos sociais e amorosos?
Eu posso ajudar – psic_aleixo@hotmail.com
Um Abraço!
Dr. Miguel Aleixo
Psicólogo Clínico e da Saúde
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