Temos que Educar a Sociedade!
- Miguel Aleixo
- 17 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de set. de 2023
A inclusão efetiva é um dilema ainda difícil de resolver, mas uma das linhas mais efetivas passa pela educação da Sociedade!

Quantos olhares estranhos pairam sobre pessoas com deficiência? Seja pelo manejar da bengala que orienta o cego, seja pela língua gestual com que o surdo se comunica, seja pela forma como a pessoa se desloca… mas a verdade é que os olhares estranhos não caem apenas sobre estes grupos. Quantos olhares são lançados sobre um casal de homens que entra de mão dada no metro? E sobre quem se veste de uma forma mais alternativa? E aqueles que… enfim… não sairíamos daqui a enumerar todas as pessoas que se sentem observadas pelo simples motivo de não fazerem parte do grande padrão de semelhança que é a sociedade.
A maioria das pessoas acha que é diferente dos outros. No entanto, rege-se pelos mesmos padrões: Veste o mesmo fato, ouve a mesma música, come no mesmo sítio, desloca-se da mesma forma, comunica da mesma maneira, apoia os mesmos clubes e raciocina os assuntos politicamente mais importantes explorando as mesmas soluções e pensamentos. A verdade é que a maioria tem uma resistência à diferença. Olha para tudo o que não lhe é semelhante e sente desconfiança, sente medo, sente desconforto.
Geralmente não é a maldade que orienta este comportamento, mas sim a ignorância.
Não digo isto de uma forma ofensiva! É o desconhecimento das pessoas que as leva a julgar ou a sentir-se desconfortáveis face aos outros. É um facto! Ao olhar para o que lhe parece diferente guia-se por “pré-conceitos” que estão longe da realidade.
Um dos problemas advém curiosamente da família. A família da pessoa com deficiência sente-se diferente. Os pais adotam uma postura de “super proteção” em relação ao filho e temem a sua inclusão na sociedade. Temem que seja rejeitado, não incluído e acabe magoado. Este fenómeno ocorre com muitas famílias, inclusivamente face a crianças com quadros clínicos que não são facilmente percetíveis, nomeadamente a asma ou a insuficiência cardíaca…. As famílias podem e devem recorrer a serviços e profissionais que as possam ajudar a lidar, sobretudo, com elas mesmas.
A sociedade precisa cada vez mais de incluir toda a gente e isso ocorre trabalhando as minorias, mas principalmente as maiorias que as rodeiam!
Felizmente, a evolução tem ocorrido de forma clara. Acima de tudo todos somos pessoas, educar a nossa sociedade pode começar em ti. Na tua coragem, no teu valor!
Ter uma compreensão global sobre quem nos rodeia e aceitar, muito claramente, que todos são parte integrante de algo maior, faz-nos progredir enquanto seres humanos e ajuda-nos a perceber melhor a nossa posição neste globo.
Crenças negativas sobre os outros podem ser reflexo de uma má relação contigo próprio! Não te deixes alimentar por algo que não faz sentido.
Eu posso ajudar – psic_aleixo@hotmail.com
Um Abraço!
Dr. Miguel Aleixo
Psicólogo Clínico e da Saúde
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